O assunto que vou tratar não sei bem onde se encaixa. Religião, misticismo, sincronicidade, papo furado (provavelmente). Não sei. Então fica livre entender como quiser.
Dia 12 de setembro costuma trazer algumas mudanças pra mim. Esse não foi diferente. Mudei muito mais que a idade. Então agora vou abrir um parênteses.
Hoje, ao final de uma reunião extenuante fui até a casa dos meus pais buscar meu filho e claro, buscar o abraço reconfortante do papai e da mamãe. Lá minha mãe me conta às gargalhadas que Benjamin estava querendo saber se no céu as pessoas usam crachá. Ele estava preocupado em como reconhecer a avó lá não céu caso ele precise tirar alguma dúvida sobre o funcionamento da coisa toda com ela. Eu ri.
Voltando ao meu dia de mudanças. A fase que tenho passado tem me obrigado a uma certa reclusão. Uma certa solidão. Então hoje, em meio a isso tudo, recebi várias ligações e mensagens de pessoas torcendo pelo melhor encaminhamento das coisas. Pessoas queridas das quais me encontro incrivelmente distante por circunstâncias que fogem completamente do meu controle. Amigos que estão passando por perrengues piores que o meu. Pessoas com quem quase não falo por causa da correria da vida que passaram aqui pra me desejar feliz aniversário. Ao final do dia era uma ligação atrás da outra. Não eram telefonemas protocolares. Eram ligações com intenção de saber, de cuidar.
Então eu estava aqui em profunda gratidão pelo carinho recebido e me peguei pensando na resposta da pergunta do Benjamin: no céu, assim, como na terra, nossos amigos não usam crachá. Eles se apresentam ao menor sinal de dúvida e fraqueza, sem que os chamemos.
E ao final volto à questão posta lá no início do texto. Comecei a escrever sem saber o assunto, mas termino com a certeza de que se trata de amor.
Thanks a lot!
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